Calhou ser este o fim de semana em que deitei fora imensas recordações do passado. Mensagens escritas em papel, cartões de jantares com frases que lembravam momentos apaixonados, poemas de amor, bilhetes de viagens, entre outras coisas, foram parar ao papelão porque, apercebi-me, já não fazer sentido manter. No fundo desapeguei, deixei o passado ir, já não me faz sentido manter tudo aquilo, afinal, de todas aquelas palavras quem as escreveu de forma sentida ainda se mantém próximo, já os restantes…
Foi neste fim de semana que consegui mudar a disposição dos móveis do meu quarto, que me irritavam solenemente desde a minha mudança apressada há 2 anos. Só agora tive cabeça, tempo e paciência para alterar de forma a ficar mais do meu gosto. Além de muito mais espaçoso, esta mais claro, com muito mais luz. Foi também neste fim de semana de mudanças e desta minha necessidade de mudar que o meu irmão obrigou-me a lembrar o passado. Coincidência ou não, ao olhar para o Miguel - aka Dj Glue – (e ver que o menino continua igual, giro e com cara de puto, mesmo 10 anos depois de eu o ver pela primeira vez assim de perto), fui levada a recordar o meu primeiro concerto de Da Weasel (e cujo estado alterado em que me encontrava levou a que acontecessem momentos caricatos). Foi engraçado viajar no tempo e lembrar tudo aquilo de bom que foi. Soube bem estar ali. Ainda tive direito a foto parvinha para mais tarde recordar. Coisas simples que me sabem tão bem. Um optimo fim de semana, portanto.
Quando, de manhã, ao chegares ao carro constatas que a chave que andaste à procura encontra-se na ignição do automóvel. E o carro ainda lá está estacionado, bonitinho.
Acho que não estou preparada para esta mudança nas minhas amizades, em que algumas sedimentam-se e outras, que pensava inabaláveis, tremem que nem varas. O pior é que sinto que isto não se trata apenas de uma fase! O tempo dirá se tenho razão.
O dia caótico que estou a ter fez com que me precipitasse para realizar a inscrição no ginásio! Ia esperar pelo inicio do mês mas preciso, com alguma urgência, de algo que faça os meus níveis de stress cair um bom bocado. Se tudo correr bem, faço o pagamento no final do dia de hoje. A ver vamos.
PS: Ginásio mas o intuito maior é o uso da piscina. A ver se volto a ritmos de natação dignos de gente. Agora dou duas braçadas parece que vou ficar sem pulmão, credo.
E se faz-me um pouco de confusão ainda não estarmos oficialmente na Primavera e já ter visto tantos calções e havaianas, a verdade é que cada um sabe de si, a verdade é que cada um veste-se como bem quiser... Parem lá de criticar a vontade alheia em mostrar as peles. CAREDOS PÁ!
O melhor de toda a minha viagem foi a sensação de surpresa a cada momento que passava. Desde o primeiro dia que sentíamos no coração aquela doce sensação de que já estava bom e ainda assim, fomos brindados todos os dias com pequenas delícias. Descobertas mínimas, como a alegria de conseguir fugir do temporal à ultima, de apanhar o ultimo autocarro para casa, encontrar a barraquinha certa dos biquínis, ter uma bandeja de fruta a preço da chuva que nos deliciou, ser alvo do interesse de um belo francês, ser testemunha de uma banda de improviso com músicos excepcionais, encontrar estacionamento fácil num local difícil, escolher um champô ao calhas e ser o melhor da farmácia, encontrar biquínis a preço da chuva, apanhar o táxi no espaço de 20m quando corríamos o sério risco de esperar horas para voltar para casa, ver macaquinhos gulosos que vinham ter com os turistas à procura de comida, ter um barco de translado só para nós, ficar numa das pousadas mais belas da ilha, descobrir que a caminhada para a cachoeira afinal, ainda estava no inicio, descobrir que o regresso poderia ser feito de táxi boat, comer, por mero acaso, o melhor sacolé da viagem numa praia quase deserta, ver beija-flores ou colibris (e como são belos) a um passo de distância, ouvir macacos a grunhir ou lá que som foi aquele, enquanto andávamos pela floresta, tentar saltar um pequeno riacho sem sucesso, encontrar a prenda ideal para a mummy, esperar pelo ultimo dia para comprar a canga mais bela do mundo (e conseguir), comer a meio da noite umas espetadas e cocadas e tapioca de coco com leite condensado, rir com as histórias familiares, fazer uma caminhada difícil e conseguir chegar ao destino, comer pipocas e gelado no último minuto e ainda apanhar o voo no limite de tempo disponível.
Sei que para muitos isto acima são coisas banais, eu asseguro, foi o tempero que precisámos para ter as férias perfeitas.