Tudo, bem explicadinho...
“Tenho gratidão pelas babás que me criaram e que criaram meus filhos, cumprindo a função da mãe social, que nos tempos da vovó menina era feito pelas tias, primas, avós e irmãs da casa”
“Minha babá era um avião de mulher, uma mulata mineira chamada Irene que causava furor onde quer que passasse. Eu ia para a escola ouvindo os homens uivando, ganindo, gemendo, nas obras, nas ruas, enquanto ela seguia orgulhosa. Sempre associei esse fenômeno à magia da Irene. O assédio não a diminuía, pelo contrário, era um poder admirável que ela possuía e que nunca cheguei a experimentar”
“A palavra de origem espanhola vem de ‘mula’ ou ‘mulo’: aquilo que é híbrido, originário do cruzamento entre espécies. Mulas são animais nascidos do cruzamento dos jumentos com éguas ou dos cavalos com jumentas. Em outra acepção, são resultado da cópula do animal considerado nobre (equus caballus) com o animal tido de segunda classe (equus africanus asinus). Sendo assim, trata-se de uma palavra pejorativa que indica mestiçagem, impureza. Mistura imprópria que não deveria existir.
Empregado desde o período colonial, o termo era usado para designar negros de pele mais clara, frutos do estupro de escravas pelos senhores de engenho. Tal nomenclatura tem cunho machista e racista e foi transferido à personagem globeleza, naturalizado. A adjetivação ‘mulata’ é uma memória triste dos 354 anos (1534 a 1888) de escravidão negra no Brasil.”
“O Brasil está entre um e outro”
“Uma vida de indiferença, onde todo mundo é neutro, não falo igual, digo neutro, sem xoxota, sem peito, sem pau, bigode, ah… é uma desgraça”
“A vitimização do discurso feminista me irrita mais do que o machismo. Fora as questões práticas e sociais, muitas vezes, a dependência, a aceitação e a sujeição da mulher partem dela mesma. Reclamar do homem é inútil. Só a mulher tem o poder de se livrar das próprias amarras, para se tornar mais mulher do que jamais pensou ser”
“Nunca fui mulher o suficiente para chegar a ser homem”
O verdadeiro feminismo, DAQUI