Lucifer Tobias C.
Ontem a minha avó foi lá a casa. Conheceu o meu animal de estimação e apesar de ficar triste por ainda não ser um bisneto de verdade, deliciou-se com o pequerrucho. Até disse que se estivesse mais perto o adoptava. Eu sorri e comprovei que a minha escolha foi a mais acertada.
Adoptar um animal acarreta, de facto, muita responsabilidade. Tratar de um é como tratar de uma criança. Vigiá-lo,, mimá-lo, educá-lo, gastar rios de dinheiro e ficar a pensar no que poderia ser feito com o mesmo se não fosse para o animal. Ter uma paciência de Jó quando o bicho faz porcaria, enfim, uma infinidade de aspectos que comprovam a necessidade de se conseguir desenvolver muito amor por um animal para que ele seja tratado como merece – sempre da melhor forma possível.
Ter um gato é de facto especial, a sua natureza independente faz com que tenhamos de aprender a lidar com eles, conquistá-los. E eu que adoro um bom desafio e sempre interpretei o acto de “domar” alguém – animal ou não – um real atractivo não poderia resistir. Saber que depois de pouco tempo o meu animal vem deliberadamente ter comigo para uns miminhos doces e que demonstra toda a confiança em mim, é de encher o ego.
Gosto de ter ali a minha companhia, o meu “guardião”, o meu amuleto da sorte e estar lá para ele. Gosto de o ver crescer e descobrir como pode um gato ser inteligente. Assimilar que ele pode perceber-me bem melhor do que nós julgamos, como quando me apercebo da sua bondade quando me vê triste e se aproxima e estica a patinha em jeito de carícia, “chamar-me” para brincar com ele às escondidas, os meios que ele arranja para atingir uma finalidade entre tantas outras coisas.
Se calhar era mesmo suposto este animal cruzar o meu caminho, ser parte da minha família e alegrar tanto alguns dos meus dias menos felizes. Se calhar fazia parte eu resgatá-lo e dar-lhe um tecto, alimento e amor para ele ser feliz…
Hoje, dia 13 de Julho nascia o meu gatinho malandreco.