Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

(+) Uma maluca que julga ter juízo

Desabafos e bocados do que vou (vi)vendo...

(+) Uma maluca que julga ter juízo

Desabafos e bocados do que vou (vi)vendo...

Pelo tempo que tiver de ser

Ontem parei para pensar e analisar o quanto a vida é matreira. Depois de tentarmos tanto nos afastar um do outro, depois de provações imensas, depois de termos de lidar com a doença e a morte de perto ficou apenas uma certeza: Estamos juntos somente porque queremos estar juntos. E a partir daí tudo se tem dado, naturalmente, sem esforço. Temos começado a construir isto da melhor forma que sabemos. E sabe bem, verdadeiramente.

Fim de semana dos bons

Deu para visitar o Pavilhão do Conhecimento, que já não acontecia há muito. Jogar ao Uno, tê-lo a  dormir comigo pela primeira vz em minha casa e sentir o amor de uma família feliz. De facto, a felicidade é visível, soube-me bem vê-los juntos, felizes, apaixonados... Olhar para eles fez-me acreditar no amor verdadeiro, sim ele existe e eles são a prova viva disso. Fiquei de coração cheio.

Ouçam o que vos digo...

A nossa visão sobre o amor anda toda trocada. As expectativas, os sonhos, a ideia de que só alcançando as metas que definimos na nossa cabeça fará de nós felizes faz com que estraguemos o amor! A sério, parem e pensem.
Relativamente a amores que envolvem sexo (as relações pois claro) temos tendência a seguir o roteiro que nos foi incutido - conhecer/namorar/casar/ter filhos/morrer! Isto sem esquecer que todos estes passos acontecem seguindo 50 mil trâmites para ser considerado o correcto - o namoro tem de ser assim, ele/ela tem de se comportar assado, não pode isto, tem de aquilo… Enfim! A sociedade incutiu-nos ideias tão fixas sobre o que deverá ser aceite, o que deverá ser considerado válido que, invariavelmente, esquecemo-nos de nós, do que para nós é válido!

Neste momento estou convicta que a vida flui muito melhor se descartarmos todos os preconceitos que temos para o que ela deverá ser. Na vida e, consequentemente, nos relacionamentos amorosos. A vida tem nuances que nunca poderão ser previstas e identificadas antecipadamente. A nossa qualidade de humanos idem, então como poderemos tentar direccionar tudo o que nos vai acontecendo na tentativa sempre vã de alcançar o nosso sonho?! O que não percebemos é que aquilo que delineamos como sendo o nosso sonho pode ser um resultado completamente deturpado da nossa real vontade ou até mesmo impossível de realizar.

Simplificando a coisa, passamos muito tempo a construir castelos nas nuvens baseando-nos sempre naquilo que nos foi dito que seria o ideal, sem pararmos para pensar se tudo é mesmo necessário.

A melhor descoberta dos últimos tempos, na minha experiência pessoal, tem sido o desapegar-me desse rumo pré-definido. As coisas são o que são, há características que não possibilitam a transmutação daquilo que é, para aquilo que nós pensamos querer e perceber isso o mais rápido possível tira-nos pesos gigantes de cima.

É a história do “deixa andar”, do escutar o que o meu coração diz, o pôr a cabeça de lado. Não é ser inconsequente, mas sim aprender a respeitar aquilo que nós desejamos. Mesmo que para os outros seja complicado de perceber, porque não encaixa em nenhuma concepção predefinida e que levará a que dedos sejam apontados e julgamentos sejam criados, desconfiando das nossas atitudes, a leveza de fazer aquilo que queremos no matter what é o suporte mais do que necessário para saber que estamos a fazer o correcto. Isto é um processo moroso, que não se apreende de um dia para o outro. Aprender a desligar as vozes contrárias da nossa cabeça, leva tempo, o aprender a viver o hoje leva tempo... Porém é gratificante, porque passamos a ver as coisas de forma diferente, muito mais leve. “Se não for, não é; e foi bom enquanto durou e siga para bingo”. É assim, por ser tão simples, tornamos complexo. Porque é isto, no fundo resume-se apenas a uma coisa: “Ter um rumo não é o mesmo que ter um guião.” Lembrai-vos disto de futuro.

 

Receios

E com esta história do mano entrar por esse caminho (e que apoio incondicionalmente) toda eu fico com medo de ele se deslumbrar em demasia e perder-se. Aliás, eu e o resto da família. Ele sempre foi o Benjamim, o menino bem educado, bem comportado e exemplar. O coração fica apertado cada vez que penso no que aí virá e rezo aos santinhos todos que o bom senso a que sempre foi habituado vingue. Esperemos que sim.

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Mais visitados

Arquivo

  1. 2020
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2019
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2018
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2017
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2016
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2015
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2014
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2013
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2012
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2011
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2010
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D