AH, que bom é acordar a meio da noite, após trancar o gato na sala já que os níveis de diabrura do dito alcançaram patamares estratosféricos - era ouvi-lo correr de ponta a ponta da casa/ quarto, saltar para cima da cama e acordar-me, pôr-se a tentar abrir as portas dos armários e por fim, a deitar ao chão tudo o que o deveria estar a incomodar. Até que às 4 horas da manha ouço um estardalhaço tal que fui obrigada a levantar-me, pois tinha a certeza que não tinha nada assim tão grande para ele deixar cair com tal barulho… Bem, afinal tinha, quando vi o espelho do hall de entrada, aos pedaços no chão o meu lado psicopata veio ao de cima e desejei ardentemente cortá-lo às postas. Já ele, mal ouviu-me a abrir a porta fugiu a correr como o diabo da cruz, acho que a pressentir que a merda feita desta vez era grande.
O animal só gosta de dar-me sustos a sério. Desta feita no sábado tratou de "fugir" graças a uma falha de segurança do sr padrasto e bota de me pregar o susto do mês! Chegar ao pátio e presenciar a queda do animal para o quintal do vizinho não foi uma cena que quisesse presenciar. Principalmente com o dobermann lá em baixo. Por momentos acreditei que seria testemunha do estraçalhar do Tobias em mil, mas lá o anjinho da guarda do bicho, mais a estrelinha que o acompanha mais o diabo a quatro mantiveram os cães bem longe. Com algum engenho lá o resgatei com a ajuda de um lençol. Cada vez que me lembro da cara de pânico do gato a olhar para mim enquanto miava, como que a pedir ajuda, aperta-se-me o coração. Mas foi bonito ver a família toda a engendrar forma de tirar o animal de lá vivo... 30m de pura confusão.
Agora para aprender vai ficar fechado constantemente na sua gaiola de viagem, para assim não correr riscos de andar desvairado pela casa e atrás de sei lá o quê como se de um gato de corridas se tratasse!
Isso é que era, fechadinho para sempre, não havia mais arranhadelas em momentos impróprios, nem expiações enquanto tomo banho, ou faço necessidades (tenho de registar a teoria do gato ser um velho reencarnado), nem acordar a meio da noite quando ele vai ao wc e toca de fazer barulho com o raio da areia ( o meu sono anda, estupidamente, leve), nem haveria mais a confusão na cozinha a cada vez que ele decide explorar o território, nem esponjas da louça em pedaços pelo chão da sala, nem... Era um castigo a sério!
Sorte é que tirando toda a minha insanidade clássica, até que sou menos negligente que a mãe da menina da tatuagem do Bieber, e bora lá de assumir a responsabilidade de adoptar o rai do bicho e meter uma rolha. É que no final de contas até gosto bastante de ter aquele brinquedo felpudo e mimalhas como companhia. Mas que a minha vontade era partir-lhe o rai das bentas que ficaram intactas, isso é...